sábado, 26 de janeiro de 2008

Ruas


Abro os olhos.
O sol espreita lá fora Por entre um manto negro de nuvens.
A claridade escasseia.
Os sonâmbulos deambulam pelas ruas
Com caras carrancudas
Como se lhes tivessem dado pouca corda.
Passo a passo,
Rumo ao mesmo destino de todos os dias.
Também eu vagueio por aí
Entorpecida.
Será do sono, será da rotina monótona?
O frio entranha-se nos ossos à força,
O vento parece querer derrubar toda a gente.
Uma criança sorri,
Um cão ladra ali.
As mesmas ruas gastas
Que guiam as pernas que já conhecem o caminho.
Um olá aqui, outro ali.
Olho o relógio
E vou finalmente para a aula... Bah!
Su

A ti


Mãe
És a mãe mais especial
Não por seres única
Mas por seres mesmo assim.
Às vezes não sei o que seria de mim
Sem as tuas mãos
Os teus olhos e a tua presença.
De mim nunca poderás fugir
Porque estás presa no meu coração eternamente.
Beijo do tamanho do mundo.
Su

Teardrop


Passam segundos,
Passam os minutos,
As horas, dias, semanas,
Os meses...
Mas o teu olhar permanece,
Intemporal.
A lágrima escorre, face abaixo
Dos olhos saudosos,
Secando a pele e
Caindo no chão,
Dissipa-se
Absorvida pela terra.
Tudo se vai mas fica
O sentimento da saudade
E com ela a tua imagem.
Su