sábado, 26 de janeiro de 2008

Ruas


Abro os olhos.
O sol espreita lá fora Por entre um manto negro de nuvens.
A claridade escasseia.
Os sonâmbulos deambulam pelas ruas
Com caras carrancudas
Como se lhes tivessem dado pouca corda.
Passo a passo,
Rumo ao mesmo destino de todos os dias.
Também eu vagueio por aí
Entorpecida.
Será do sono, será da rotina monótona?
O frio entranha-se nos ossos à força,
O vento parece querer derrubar toda a gente.
Uma criança sorri,
Um cão ladra ali.
As mesmas ruas gastas
Que guiam as pernas que já conhecem o caminho.
Um olá aqui, outro ali.
Olho o relógio
E vou finalmente para a aula... Bah!
Su

Sem comentários: