sábado, 19 de fevereiro de 2011

Crepúsculo


Como eu fico muda
com músicas que o vento vagabundo
traz na tua boca
cheias de harmonias astrais.
No silêncio repito
o teu nome como um bálsamo
e derramas um rio sobre mim
e confidências no crespúsculo
da manhã.
Rumor lento... raso de teus dedos
tocam num acorde o ser tu e eu
num verso murmurado ao teu ouvido.
Arrepios sucessivos se soltam
enigmáticos e despidos
na alvorada do amanhecer.
Mãos incandescentes tremem
num prazer que voa com o tempo
e traz memórias perdidas
de sonhos passados
na etérea canção do vento.

SU

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