quarta-feira, 16 de março de 2011

Disfarce


Os olhos insistem em permanecer abertos
mais uma noite lendo poemas incessantes
ao som do meu doce Vivaldi ou Chopin
Se fecho os olhos, aveludados os teus
se enlevam em minha fronte.

Se minha boca se cala, logo
a tua se abre num sorriso
ao som de Mozart ou Pachelbel
num respirar dormente em forma de suspiro...

Se a minha lívida mão se apoquenta
com o tocar leve de teus dedos
numa valsa de Strauss ou Ravel,
teu olhar quente basta para a acalmar.

E eis que um beijo é disfarçado na dança...

SU

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