sexta-feira, 11 de março de 2011

Pedacinhos


Não adormeço à noite,
salto de um pensamento para o outro...
e continuo a apanhar todos os pedacinhos do chão
das memórias que insistem em ficar.

E quando te vejo em redor de mim
vejo-o de olhos cerrados
pois se os abro, apenas vejo o candeeiro
do meu frio quarto, balançando.

E que posso fazer? Até a lua grita o teu nome
de tão contra mim que está
porque o coração renuncia a estes sentimentos
que ela durante séculos abençoou na prata da sua luz...

Até estas paredes nuas são as que confessam
aquilo a que não me permito ouvir...
hoje o mundo está contra mim, até o vento
sussurra palavras doces sobre o teu cheiro.

E mesmo assim, de repente
solta-se um sorriso meu
quando me dou conta que realmente é demais...
é demais ter a sorte de não te ter.
É que assim tens-me sempre em ti.



SU

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